ROSATOM CRIA UMA IMPRESSORA QUE PODE IMPRIMIR PEÇAS PARA OS REATORES NUCLEARES CONSTRUÍDOS PELA COMPANHIA

impressoraEssa é para se tirar o chapéu. A Rosatom está lançando a maior impressora 3D na Rússia que permitirá a impressão de peças de grande porte usadas nos  reatores nucleares, reduzindo os custos e o tempo de fabricação. É a Additive Technologies, uma máquina criada pela RusAT – que é uma subsidiária da fabricante russa de combustível nuclear TVEL e também uma subsidiária da corporação nuclear estatal russa Rosatom – com a participação  do Instituto de Soldagem e Laser da Universidade Técnica Marinha de São Petersburgo. A máquina tem uma capacidade de carga de até oito toneladas, dois robôs industriais de seis eixos e pode fabricar produtos com diâmetro de até 2,2 metros e altura de 1 metro. Funciona pela formação camada por camada de produtos utilizando lasers e pó no sistema de deposição direta de metal (DMD). Tem a flexibilidade de fabricar produtos compósitos a partir de diferentes pós metálicos com propriedades diversas. Atualmente, a Rosatom possui três centros de tecnologia aditiva, em Moscou, Novouralsk e Nizhny Novgorod. A nova impressora 3D foi apresentada na conferência MetalworkingOLHA 2023, realizada  em Moscou.

A nova impressora pode ser usada em uma variedade de indústrias, mas já foi usado para fabricar um fragmento de 1 metro de altura do defletor do dispositivo interno de um reator de energia nuclear. Olga Ospennikova, diretora da Associação para o Desenvolvimento de Tecnologias Aditivas, disse que as tecnologias aditivas são um dos motores que determinam a forma de uma nova geração de produção. “A aplicação de tecnologias aditivas na indústria nuclear, em particular, permitirá a impressão de peças de grande porte de reatores nucleares”, afirmou.

ILIAIlya Kavelashvili (em primeiro plano), diretor geral da RusAT, disse que a criação de novas instalações poderosas possibilita a introdução total de tecnologias aditivas na engenharia pesada, para medir o peso dos produtos impressos em impressoras 3D não em quilogramas, mas em toneladas. “Isso  economizará uma grande quantidade de materiais, aumenta a produtividade da produção e a qualidade do produto. A Rosatom tem um programa em larga escala para a introdução de tecnologias aditivas e é o ponto de partida para o uso generalizado da impressão 3D na engenharia mecânica russa”, declarou.

Por fim, o diretor e designer-chefe do Institute of Laser and Welding Technologies, Gleb Turichin, declarou: “Nosso desenvolvimento conjunto é a primeira instalação desse tipo em que várias ferramentas de cultivo podem trabalhar simultaneamente sem interferir umas nas outras com seus campos de temperatura.  Nossa experiência conjunta com a Rosatom tem provou que as tecnologias aditivas podem ser aplicadas com sucesso na engenharia pesada.”

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